A primeira Biblioteca fixa de Fafe, foi inaugurada em 29 de Setembro de 1956, num edifício da actual Praça 25 de Abril.
Abriu ao público com um
acervo próximo dos 1000 exemplares, que podiam ser lidos na sala de leitura ou
em casa, mediante o pagamento de uma “pequena” quota anual.
A Biblioteca Municipal de
Fafe, uma ambição de longa data, deve-se ao empenho de José Barros, presidente
da então Comissão Municipal de Assistência.
A 65 anos da sua instalação,
transcrevo a peça alusiva, publicada no semanário “O Desforço”.
«No pretérito sábado, pelas 14,30 horas, foi aberta ao público e inaugurada oficialmente, a Biblioteca Municipal de Fafe, um sonho que há muito bailava na mente da Câmara de Fafe. Foi seu grande cooperador, o snr, dr. José Barros, presidente da C. Municipal de Assistência e organizador o snr. José Barros, Universitário.
A fita simbólica verde rubra
da inauguração, foi cortada pelo menino José Angelo Ribeiro Cardoso.
Ao acto, assistiram o
presidente da Câmara, snr. Manuel Cardoso, presidente da C. Municipal de
Assistência, snr. dr. José Barros, Comandantes da G.N. Repúblicana, da Polícia
de S. Pública e Viação e Transito, vereadores da Câmara, sub-delegado de saúde,
snr. dr. Augusto Mendes Leite de Castro, comandante da Legião Portuguesa snr.
Alvaro Leite de Castro, algumas senhoras e ouitros convidados.
Na abertura, usou da palavra
o presidente do Municipio, snr. Manuel Cardoso, tendo palavras de louvor para o
snr. dr. José Barros, organizador, vereação, imprensa, assistes em geral, para
a população de Fafe que foi dotada com mais este melhoramento.
Em seguida falou o
organizador da Biblioteca snr. José Barros, que em poucas palavras explicou aos
presentes a maneira como ela vai funcionar. A Biblioteca funcionará com horas
de leitura na sua sala privativa e com livros ao domicílio.
A Biblioteca Municipal, que
se encontra instalada em edifício da Câmara, na Praça Dr. Oliveira Salazar, tem
uma sala de leitura com mesas apropriadas e individuais, cheia de luz e de ar.
Para já está dotada de cerca de mil volumes de obras nacionais e estrangeiras.
O seu ficheiro é dos mais modernos e está muito bem montado e organizado.
Terá também os seus sócios
que pagarão uma pequena quota anual.
A mocidade de Fafe que não
possa comprar livros e goste de ler, poderá passar ali horas agradáveis.
É mais um progresso que Fafe
tem a assinalar e a registar.
Parabéns, pois, à Câmara de
Fafe.»
In: “O Desforço”, 4 de
Outubro de 1956