AUTO DE INAUGURAÇÃO DO CAMINHO DE FERRO DE GUIMARÃES A FAFE


 


Reprodução do Almanaque Ilustrado de Fafe, 1943

«Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jezus Christo de mil novecentos e sete, aos vinte e um de Julho, n’esta vila de Fafe e local da estação do caminho de ferro, em pavilhão especial, onde se achavam presentes os Exmos Antonio Reis Porto, gerente da Companhia do Caminho de Ferro de Guimarães; Francisco Ferreira Lima, - engenheiro director thecnico, da mesma companhia; Doutor Joaquim José de Meira, como representante do Exmo Conselheiro João Ferreira Franco Pinto Castello Branco, Presidente do Conselho de Ministros; Exmo Governador Civil substituto, em exercicio, Arthur Novaes Villarção, como representante do Exmo Conselheiro José Malheiro Reymão, Ministro das Obras Publicas, Commercio e Industria; Exmo Visconde do Paço de Nespereira (João), como representante do Exmo Conselheiro Jose Luciano de Castro, Conselheiro d’Estado e Ministro d’estado Honorario; Presidente da Câmara Municipal d’este concelho; comissão dos Festejos e mais pessôas gratas, logo após da chegada do comboio inaugural (12 horas e … minutos) o Exmo Antonio Reis Porto, na sua qualidade de gerente da companhia de caminho de ferro referida, tomando a palavra, disse: que era para si e para a companhia que representa da maior satisfação declarar inaugurada a linha ferrea de Guimarães a Fafe, prolongamento, do Caminho de Ferro de Guimarães, visto a auctorisação concedida pelo Governo de Sua Magestade para a exploração provisória, e assim, repleto, do mais intenso e vibrante enthusiasmo, ao mesmo tempo que saúda o povo de Fafe pelo desideratum da sua tão legitima aspiração, saúda tambem todos os cavalheiros e entidades que concorreram para este melhoramento.

Em seguida, usando da palavra o Sr. Presidente da Câmara, n’um Breve e eloquente improviso, saudou a Companhia de Caminho de Ferro de Guimarães, o seu digno gerente, todas as pessoas que contribuíram para trazer até nós o progresso ferroviário e o povo de Fafe.

E para constar se lavrou em duplicado, para ser um exemplar archivado na Companhia e outro para ser entregue ao Presidente da Câmara municipal, a fim de ser archivado na respectiva secretaria, e vae ser devidamente assignado, depois de lido por mim,»

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